Sejam muito bem vindos a mais uma transmissão da Rádio Sino Tropical.

Hoje vamos caminhar pelo território melancólico, poético e sombrio do post punk. Borbulhando nos mesmos caldeirões, irmãos de sangue, o que distingue o punk do post punk é ponto focal da crítica proposta. Enquanto o punk, o primogénito, crítica em atitude e sonoridade para contra pontuar a virtuosidade e simbolismo do rock n´roll, pai dos dois, o post punk crítica e contra pontua o próprio punk. Se munindo da mesma atitude não comercial do punk mas com influências muito mais amplas e distantes do rock. Se o punk pode ser considerado visceral e espontâneo , o post punk é intencional e medido.

A maioria das bandas de post punk que floresceram no Brasil à época, ficaram relegadas ao underground e muitas delas nem sequer gravaram discos, outras gravaram um álbum e se desfizeram, e poucas constituíram uma carreira longínqua.

E na China, como comentamos no episódio anterior, sobre o punk as coisas realmente começaram a pegar forma na cena alternativa no final dos anos 90, e o post punk se consolidando de fato como uma força presente, muito mais presente que no Brasil diga-se passagem, no início dos anos 2000. O post punk acertou em cheio a predisposição melancólica e introspectiva chinesa.

Do lado Brasileiro, temos:
Os pioneiros e pra sempre fritados, BLACK FUTURE;
As ocultistas e feiticeiras do underground, RAKTA;
E o supra sumo do cliche do pós punk nacional, LEGIÃO URBANA;

Do lado Chinês:
O television + talking head chinês, PK14;
O super hype da nata post punk chinesa RE-TROS;
E os pós-punk sem frescura mas carregado de angustia do LONELY LEARY;

Artigos referencia para a pesquisa:

Brasil:
"TOP 20: OS MELHORES ÁLBUNS DO PÓS-PUNK BRASILEIRO" de Marco Antonio Barbosa

China:
"The Fresh, Inventive Sounds of Contemporary Chinese Post-Punk" by Collin Smith & Josh Feola

"Yang Haisong Is Producing a New Generation of Underground Chinese Rock" by Josh Feola

Próximo episódio: Psicodelia

Fiquem ligados!